domingo, 18 de agosto de 2013

O DIA DEPOIS DE AMANHÃ

O Dia Depois de Amanhã (2004) 
De Roland Emmerich




No filme, Nova York é atingida por um super-tsunami, e acaba submersa por 46 m de água. Legal. Mas para tanto seria preciso derreter 75% do gelo da Antártida de uma vez. E isso só aconteceria se toda a energia solar que chega ao planeta ficasse direcionada ao Polo Sul por dois anos.
Não seria algo discreto, mas os cientistas do filme não são lá muito atentos mesmo...

* A intenção do diretor não era mesmo ser verossímil e sim, alertar o mundo sobre o perigo do aquecimento global. Ele quis provar que o mundo não está preparado para uma catástrofe climática iminente, que, mesmo lenta e gradual, está acontecendo.

A diferença é que segundo os cientistas, o desenrolar dessa eventual tragédia levaria anos e não semanas para se concretizar. Ademais, para o exame da ciência, a possibilidade de tantos “estragos” acontecerem simultaneamente é muito remota, já que a natureza não responde em cadeia, mas sim gradualmente, passo a passo, assimilando e desdobrando os fenômenos em ritmo natural, não mecânico e automático como ocorre no filme.
Apesar de não ser baseado em fatos reais, há certo embasamento científico no filme. As tais correntes marinhas descritas no roteiro realmente existem e ajudam a manter a temperatura do Hemisfério Norte. O aquecimento terrestre e o "mal funcionamento" das condições climáticas são um fato. Em 2007 a Europa viveu seu verão mais forte. Enquanto estava em fase de pré-produção, o diretor e roteirista Roland Emmerich ficou sabendo da chuva de granizos do tamanho de laranjas, que chegou a matar 25 pessoas no Japão. Em um dos primeiros dias de filmagem, os Estados Unidos foi atingido por 75 tornados e enquanto filmavam no Canadá, atores e equipe técnica enfrentaram um inverno que tinha temperaturas 25 graus Celsius abaixo de zero. Tudo isso serviu de munição argumentativa para o roteiro do filme.
No entanto, o que se sabe é que a porção superior do Hemisfério Norte é habitável em parte devido à circulação das correntes oceânicas, que carregam a água quente dos trópicos para as regiões mais frias e, assim, elevam também a temperatura atmosférica, porém, não se sabe até que ponto isso possa se projetar em termos de fenômeno global. O filme diz que o efeito cumulativo do aquecimento global faz com que a água doce e gelada das calotas polares altere o equilíbrio dos oceanos, "desligando" correntes importantes, como a do Golfo.
Mas a ciência argumenta que: primeiro, uma ruptura tão veloz das correntes oceânicas é uma impossibilidade física, ainda mais porque acredita-se não haver mais água em volume suficiente nas calotas polares para provocar esse efeito. Depois, mesmo que as temperaturas despencassem de uma hora para outra, o frio resultante interromperia o processo de derretimento das calotas polares. Em síntese, o filme é política e ecologicamente correto, mas cientificamente distante da realidade
Para essa corrente de análise científica, esse é um fenômeno normal da natureza, que após um período de aquecimento, sempre experimenta outro de resfriamento. Essa corrente teórica prevê que entre os anos 2012 a 2015 a temperatura global da Terra iniciará uma lenta redução que alcançará os níveis mínimos entre 2055 e 2060.
Segundo eles, esse período de resfriamento durará pelo menos cinquenta anos e que no século 22 a Terra começará novamente outra fase de aquecimento global.
O ponto forte do filme é seu teor crítico-ideológico
Apesar dos pontos aqui levantados, o filme vale por causar polêmica, abrir o debate e chamar à reflexão sobre o nosso futuro comum.


( Adaptado de: “O Dia Depois de Amanhã”: da ficção à realidade: Marbenes Maria MAIA  Universidade do Estado do Rio Grande do Norte – UERN )

Se quiser ver outro filme do gênero, assista abaixo:

Filme Dublado - Ice Um Dia Depois do Amanhã


Bom divertimento.

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