O
Dia Depois de Amanhã (2004)
De Roland Emmerich
De Roland Emmerich
No filme, Nova York é atingida por um super-tsunami, e acaba submersa por 46 m de água. Legal. Mas para tanto seria preciso derreter 75% do gelo da Antártida de uma vez. E isso só aconteceria se toda a energia solar que chega ao planeta ficasse direcionada ao Polo Sul por dois anos.
Não seria algo discreto, mas
os cientistas do filme não são lá muito atentos mesmo...
* A intenção do diretor não era mesmo ser verossímil e sim, alertar o mundo sobre o perigo do aquecimento global. Ele quis provar que o mundo não está preparado para uma catástrofe climática iminente, que, mesmo lenta e gradual, está acontecendo.
* A intenção do diretor não era mesmo ser verossímil e sim, alertar o mundo sobre o perigo do aquecimento global. Ele quis provar que o mundo não está preparado para uma catástrofe climática iminente, que, mesmo lenta e gradual, está acontecendo.
A diferença é que segundo os
cientistas, o desenrolar dessa eventual tragédia levaria anos e não semanas para
se concretizar. Ademais, para o exame da ciência, a possibilidade de tantos “estragos”
acontecerem simultaneamente é muito remota, já que a natureza não responde em
cadeia, mas sim gradualmente, passo a passo, assimilando e desdobrando os
fenômenos em ritmo natural, não mecânico e automático como ocorre no filme.
Apesar de não ser baseado em
fatos reais, há certo embasamento científico no filme. As tais correntes
marinhas descritas no roteiro realmente existem e ajudam a manter a temperatura
do Hemisfério Norte. O aquecimento terrestre e o "mal funcionamento"
das condições climáticas são um fato. Em 2007 a Europa viveu seu verão mais
forte. Enquanto estava em fase de pré-produção, o diretor e roteirista Roland Emmerich
ficou sabendo da chuva de granizos do tamanho de laranjas, que chegou a matar
25 pessoas no Japão. Em um dos primeiros dias de filmagem, os Estados Unidos foi
atingido por 75 tornados e enquanto filmavam no Canadá, atores e equipe técnica
enfrentaram um inverno que tinha temperaturas 25 graus Celsius abaixo de zero.
Tudo isso serviu de munição argumentativa para o roteiro do filme.
No entanto, o que se sabe é
que a porção superior do Hemisfério Norte é habitável em parte devido à
circulação das correntes oceânicas, que carregam a água quente dos trópicos
para as regiões mais frias e, assim, elevam também a temperatura atmosférica,
porém, não se sabe até que ponto isso possa se projetar em termos de fenômeno
global. O filme diz que o efeito cumulativo do aquecimento global faz com que a
água doce e gelada das calotas polares altere o equilíbrio dos oceanos, "desligando"
correntes importantes, como a do Golfo.
Mas a ciência argumenta que:
primeiro, uma ruptura tão veloz das correntes oceânicas é uma impossibilidade
física, ainda mais porque acredita-se não haver mais água em volume suficiente
nas calotas polares para provocar esse efeito. Depois, mesmo que as
temperaturas despencassem de uma hora para outra, o frio resultante
interromperia o processo de derretimento das calotas polares. Em síntese, o
filme é política e ecologicamente correto, mas cientificamente distante da
realidade
Para essa corrente de
análise científica, esse é um fenômeno normal da natureza, que após um período
de aquecimento, sempre experimenta outro de resfriamento. Essa corrente teórica
prevê que entre os anos 2012 a 2015 a temperatura global da Terra iniciará uma
lenta redução que alcançará os níveis mínimos entre 2055 e 2060.
Segundo eles, esse período
de resfriamento durará pelo menos cinquenta anos e que no século 22 a Terra
começará novamente outra fase de aquecimento global.
O ponto forte do filme é seu
teor crítico-ideológico
Apesar dos pontos aqui
levantados, o filme vale por causar polêmica, abrir o debate e chamar à
reflexão sobre o nosso futuro comum.
( Adaptado de: “O Dia Depois
de Amanhã”: da ficção à realidade: Marbenes Maria MAIA Universidade do Estado do Rio Grande do Norte –
UERN )
Se quiser ver outro filme do
gênero, assista abaixo:
Bom divertimento.
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